Nice foi minha sede enquanto estive na Riviera Francesa, por sua localização estratégica e de fácil acesso pelo restante da área. Só me arrependo de ter deixado tão pouco tempo para curtir a cidade de fato, pois Nice é linda.
Chegando em Nice
Como falei anteriormente, em Marseille: Um rápido olhar sobre esta cidade, ao invés de optar por usar um avião e fazer o percurso Paris-Nice, eu preferi fazer de trem com uma parada antes em Marseille, onde pude visitar rapidamente a cidade, pois dessa forma poderia apreciar a vista.
Na volta à Paris, o percurso é o mesmo da ida, saindo de Nice, o trem faz uma parada de alguns minutos em Marseille (bem como nas demais paradas entre as duas cidades) e segue para Paris com algumas paradas.
Em ambos os dias usei o Eurail Pass, o que permitiu economizar uma boa quantia com passagens.
Se locomovendo por Nice
Andar pela cidade é bem fácil, sendo que a cidade possui duas linhas de tramways e diversas linhas de ônibus.
Além da possibilidade de adquirir os bilhetes nas paradas e estações, a cidade oferece a opção de adquirir o bilhete por meio de smartphones com NFC – opção que usei, de forma que o próprio smartphone se torna o bilhete para se locomover pela cidade.
Para obter as informações sobre os deslocamentos também é possível utilizar o site oficial: https://www.lignesdazur.com/
Hospedagem em Nice
Ao pesquisar um hotel que fosse bem localizado e que não custasse uma fortuna, eu encontrei o Hotel de Suède que fica à pouco mais de 1 quilometro da Gare de Nice-Ville e apenas 200 metros da Praia e da Promenade des Anglais.
Ou seja, tem uma ótima localização, nem longe demais da estação, nem longe demais do mar.
O quarto que eu peguei foi o quarto individual (ou standard), o quarto é espaçoso para uma só pessoa e o único defeito é a parte do chuveiro, pois o banheiro é amplo, mas a área do chuveiro é apertada e a cortina de plástico atrapalha eventualmente, mas fora isso é ótimo o quarto.
Café da Manhã
Acabei esquecendo de tirar fotos, porém, o Café da Manhã é servido no 5° andar e tem diversas opções de comida quente e fria, bem como bebidas. Vale muito a pena tomar o café da manhã do hotel.
Conclusão
É um hotel extremamente agradável, possui um excelente café da manhã, possui atendimento 24 horas por dia e para quem chega muito cedo (antes do horário do check-in) ou sai muito tarde pode deixar as bagagens na recepção de forma gratuita enquanto aproveita o restante do tempo na cidade.
Posso avaliar o hotel, portanto, com uma nota 9/10.
Alimentação em Nice
Além do Café da Manhã, só acabei jantando em Nice e embora haja diversas opções na cidade, eu acabei indo na primeira noite numa Pizzaria, a La Pizza Cresci.
Essa Pizzaria está bem próxima ao Hotel de Suède, uma das principais razões que eu a escolhi.
A pizza individual é extremamente farta e bem recheada, então vale a pena provar a pizza e também a sobremesa que oferece, eu preferi harmonizar a pizza com uma taça de champagne.
Mas na mesma rua da Pizzaria existem outros restaurantes, inclusive do mesmo grupo, para ir, bem como em outras partes da cidade.
Flanando pela Cidade de Nice
Não andei tanto pela cidade quanto nas demais da Riviera, apesar de ter dormido por três noites, não fui em nenhum museu, embora a cidade ofereça belas opções para visitação, porém, os dias estavam tão lindos que achei muito mais agradável simplesmente andar sem rumo pela cidade.
Um dos pontos que eu de fato visitei, além de andar sem rumo certo, foi a Torre Belanda (Tour Bellanda), os ‘restos’ dessa torre hoje se tornou um mirante que é possível observar toda a beleza de Nice e do mediterrâneo.
Foi construída durante o Reinado de Louis XIV, período em que ocupou a região de Nice.
Uma breve história de Nice
Existem ao menos dois sítios arqueológicos nas proximidades de Nice, que relatam a presença humana há mais de 380.000 anos, um deles é o Terra Amata, que inclusive conta com um museu dedicado ao assunto.
Origem Grega
Tal como outras cidades da Riviera Francesa, a cidade tem sua origem no período de expansão grega no mediterrâneo, a ocupação ocorreu entre meados do século III e II antes de Cristo, provindo de gregos oriundos de Marselha.
O nome da cidade, hoje é comumente associado a Deusa Nice, deusa das vitórias, comumente ligada à Atena.
Com o fim do Império Romano, Nice, bem como as demais regiões sofreram ataques dos visigodos e pertenceu ao longo dos séculos à República de Genova, ao Ducado de Savoia.
Ducado de Savoia (Saboia)
Durante o reinado de Charles II (1.504 – 1.553), duque de Savoia (ou Saboia, como preferir), a região de Nice sofreu com a guerra entre o Rei da França (François I) e o Imperador Charles V (Espanha e Sacro Império Romano-Germânico), período em que parte do ducado estava ocupado pelas tropas franceses, obrigando o duque se ‘refugiar’ em Nice. Em 1.538, com a iniciativa do Papa Paulo III, chegaram a um acordo de paz precária, que durou alguns anos.
Após esse conflito, muitos outros surgiram envolvendo a França e o ducado de Savoia, ou envolvendo a França e a Espanha/Sacro Império.
A Unificação de Nice à França
Em 1.860, a anexação de Nice ao Segundo Império Francês teve como origem a vontade de Napoleão III em ajudar a unificação da Itália para que assim pudesse diminuir o poder do Império Austro-Húngaro, em troca dessa ajuda, o ducado de Savoia e o Condado de Nice deveriam ser anexados ao Império Francês, o que então diminuiria o poder do novo Estado Italiano unificado, uma vez que a região é estratégica no plano militar.
E durante o Século XIX e XX, Nice foi destino de turistas, especialmente ingleses, que deram origem a Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), que tem uma das visitas mais belas do Mediterrâneo.